Você é Antifascista “A”, “B” ou “C”? Vou lhe explicar a diferença, e então você decide!
Primeiramente, é importante destacar que o fascismo é caracterizado quando um psicopata acredita que ele é o ser supremo, que suas ideias são soberanas, indiscutíveis, e que, por isso, todos os que desagradam o seu paladar mental devem ser oprimidos ou exterminados, como negros, homossexuais, judeus, pobres, mulheres e outros grupos considerados minorias ou vulneráveis.
Ao contrário do que muitos discursam, fascismo não é exclusivo da direita ou da esquerda. Stalin foi fascista de esquerda e matou 20 milhões de pessoas. No holocausto, o nazismo fascista de Hitler dizimou 6 milhões. Lênin foi fascista de esquerda: 2 milhões. Mussolini, de direita: 440 mil.
Foram 4 monstros. Se você é contra gente que maltrata ou assassina seres humanos por sua cor de pele, sexo ou condição social, mas não faz nada para combater isso, então você é um Antifascista “A”, que eu chamo de “Antifascista de Braços Cruzados”.
Se você é contra gente que maltrata ou assassina seres humanos por sua cor de pele, sexo ou condição social, e promove ações eficazes e dentro da legalidade para combater isso, então você é um Antifascista “B”, que eu chamo de “Antifascista Cidadão”.
Se você é contra gente que maltrata ou assassina seres humanos por sua cor de pele, sexo ou condição social, e sai por aí matando quem não concorda politicamente contigo, colocando fogo em pessoas, quebrando lojas de trabalhadores, sangrando gente inocente, então você é um Antifascista “C”, que eu chamo de “Antifa”, ou seja: nada mais que um subtipo de fascista, com seu próprio fascismo enlatado, e que não tolera qualquer fascismo que não seja o seu.
E então, qual é o seu tipo? O meu é o “B”, com certeza, porque, na minha profissão de Policial Militar, jurei faz 23 anos sacrificar minha vida em defesa de todos os seres humanos, incluindo negros, homossexuais, judeus, pobres, mulheres e outros grupos classificados como minorias ou vulneráveis, e sempre honrei minha promessa sem precisar sair por aí matando quem não concorda politicamente comigo, colocando fogo em pessoas, quebrando lojas de trabalhadores ou sangrando gente inocente.
Eu havia pesquisado profundamente o fascismo e o antifascismo, e a obra “Antifa: o manual antifascista”, que foi publicada pela primeira vez em 2017, ajudou-me bastante a ter uma visão mais ampla. O livro, que foi escrito por Mark Bray, historiador e professor da Dartmouth College, é indicado especialmente para aqueles que estão colocando símbolos “Antifas” em suas redes sociais, por modismo ou, até mesmo, com as melhores das intenções, mas sem saber do que se tratam.
Autor: Luciano Quemello Borges, escritor e policial militar.
Redes Sociais: